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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

  1. 1.    IDENTIFICAÇÃO

 

O Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim é uma instituição de Ensino Fundamental I e II que foi fundada no ano de 1997. Fica localizado à Rua Gercino Coelho nº 14, no centro da cidade de Riacho de Santana, Bahia, telefone (77) 3457-2819, código 294798 e endereço eletrônico maria.amaral2010@hotmail.com

Atualmente fala-se muito em gestão democrática em nossa sociedade e o Colégio Maria Amaral busca trabalhar com os princípios desta gestão. Fazem parte da equipe gestora desta instituição de ensino a professora Sirlene Rosa Pereira como diretora, a professora Marcele Carvalho como vice-diretora, a professora Carminda Leão Pereira Laranjeira como coordenadora pedagógica e a professora Jaqueline Cardozo como secretária.

O colégio Maria Amaral foi criado com o intuito de oferecer às crianças carentes de nosso município um ensino de qualidade. O projeto inicial era atender as crianças vindas das pré-escolas da sede do município para ingressarem na 1ª série, depois passou a atender também alunos na faixa etária de pré-escola. Com o passar dos anos, o número de alunos foi aumentando, à medida que a cada ano uma nova turma/série se formava. No ano de 2001 começou a funcionar o ensino fundamental maior, recebendo alunos de 5ª a 8ª séries. Com o aumento das turmas, o ensino de Educação infantil foi extinto, tendo a sua última turma no ano de 2007, contudo, continuou com o Ensino Fundamental menor e maior.

Com a implantação do Ensino Fundamental de nove anos em 2009, a escola passou a atender crianças de seis anos de idade e a extinguir o Ensino Fundamental de oito anos.

Neste ano de 2010 temos 884 alunos matriculados do 1º ano do Ensino Fundamental de nove anos à 8ª série, divididos em 32 turmas, nos turnos matutino e vespertino, sendo 18 turmas de Ensino Fundamental I e 14 turmas do Ensino Fundamental II.

Em virtude do índice de reprovação nas primeiras séries no ano de 2009, fez-se necessário manter uma turma de 1ª série, numa tentativa de desenvolver um trabalho diferenciado para atender às peculiaridades da turma.

Número de alunos por série / turno

Ensino Fundamental menor (I)

Série

Turno matutino

Turno vespertino

1ª série

-

25

1º ano

-

101

2º ano

-

72

2ª série

-

83

3ª série

-

87

4ª série

56

56

Total

56

424

 

 Ensino Fundamental maior (II)

Série

Turno matutino

Turno vespertino

5ª série

127

-

6ª série

115

-

7ª série

80

-

8ª série

82

-

Total

404

-

 

       

 1. 1.1.COLEGIADO ESCOLAR

O Conselho Escolar, com personalidade jurídica, é um órgão de deliberação coletiva, sem fins lucrativos, de duração indeterminada e vinculado à Secretaria Municipal de Educação.

Todos os segmentos da Comunidade Escolar terão representatividade no Conselho Escolar, através de eleição secreta ou por aclamação.
Considera-se Comunidade Escolar o conjunto formado por alunos, professores, pessoal técnico e administrativo, pais, mães ou responsáveis legais pelos alunos matriculados frequentes.

O Conselho Escolar contribui para o desenvolvimento das atividades de ensino, dentro do espírito democrático, assegurando a participação dos segmentos da Comunidade Escolar nas discussões das questões pedagógico-administrativo-financeiras. O Conselho Escolar é um órgão representativo de toda a Comunidade Escolar, e tem como objetivos:

  •   Promover entrosamento da Escola com a comunidade;
  •  Participar das decisões sobre o funcionamento da Escola;
  •  Participar do Planejamento Curricular a fim de garantir conteúdos que atendam aos anseios da comunidade e respeitem suas raízes culturais;
  •  Supervisionar e colaborar com funcionários administrativos, professores, alunos, diretor e demais responsáveis pela Escola, no cumprimento de seus deveres para com a educação;
  • Incentivar e participar das comemorações e demais acontecimentos cívicos e culturais da escola;
  •  Conhecer e observar as normas do Regimento Escolar, propor alterações e encaminhá-las à respectiva Unidade Regional de Ensino.

O Conselho Escolar do Colégio Maria Amaral Guimarães Gondim foi criado no dia 23 de setembro do ano de 2009, e tem na sua composição a diretora Sirlene Rosa Pereira como presidente do Conselho, a professora Carminda Leão Pereira Laranjeira, representante pedagógica, as professoras Maria de Fátima Lima Flores, representante do Ensino Fundamental Menor e Elânia Fernandes, representante do Ensino Fundamental maior. Como representantes de pais, as senhoras Ivanete Brasileiro Alves e Euny Batista Neves (suplente). As alunas Ionara Silva Oliveira e Gabriela Rodrigues de Oliveira, ambas da 7ª série são as representantes dos alunos no Conselho Escolar desta instituição. Tem ainda como representante de funcionários, o senhor Thiago Silva Rodrigues; representante de serviços gerais, a senhora Maria de Fátima Rodrigues Silva; representante de serviços sociais, a professora Cássia Batista e representante da igreja, a professora Maria Madalena Neves Nunes.

  

  2.  APRESENTAÇÃO

 

Este Projeto Político Pedagógico é um documento que configura a identidade do Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim. Nele estão contidos os pressupostos que definem as medidas, as finalidades educativas e as diretrizes gerais da proposta pedagógica desta instituição.

É a concretização de um conceito que busca na realidade a sua base. Ele contém os fundamentos e princípios que garantirão ao Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim a identidade que pretendemos consolidar em nossa prática pedagógica.  É um referencial de apoio para nos dá subsídios a fim de desenvolver nossas atividades técnicas-pedagógicas, com maior embasamento teórico, possibilitando assim, uma maior aplicabilidade dessas teorias no contexto da sala de aula.

O grande objetivo deste projeto é assegurar uma educação de qualidade para uma comunidade heterogênea que busca na escola um meio de ascensão social e cultural.

Este documento tem como finalidade explicitar a proposta pedagógica do C M M A G G e apresentar a sua identidade. Nele estão presentes também seus objetivos e desejos de mudança, para uma vida digna e justa socialmente.
Constitui-se de um referencial teórico de apoio, que revela a função social da escola a partir de sua linha filosófica e pedagógica, e de uma análise da realidade escolar com estabelecimento de prioridades, definidas pelo corpo docente e administrativo, que norteará as mudanças que entendemos necessárias.

Este Projeto Político Pedagógico é considerado, basicamente, um referencial orientador e limitado no tempo e na abrangência de sua significação.

 

3. INTRODUÇÃO

 O Projeto Político Pedagógico de toda e qualquer escola deve ser inicialmente entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro, que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar, significar e ressignificar as atividades desenvolvidas pela escola como um todo, pois

É um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar a ação de todos os agentes da instituição. (VASCONCELLOS, 1995, p. 143)

 

Para André (2001, p. 188), o projeto pedagógico não é somente uma carta de intenções, nem apenas uma exigência de ordem administrativa, ele deve

Expressar a reflexão e o trabalho realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, no sentido de atender às diretrizes do sistema nacional de Educação, bem como às necessidades locais e específicas da clientela da escola; ele é a concretização da identidade da escola e do oferecimento de garantias para um ensino de qualidade.

 

Sua dimensão político pedagógica pressupõe uma construção participativa que envolva ativamente os diversos segmentos escolares e da sociedade. Dimensão esta que se caracteriza como um dos eixos de trabalho proposto pela nossa escola.

Esse documento faz-se necessário ainda de acordo com os princípios constantes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394 de 1996, nos artigos 12, 13 e 14 que reza aos estabelecimentos de ensino a obrigação de elaborar e executar sua proposta pedagógica em conjunto com seus docentes e os demais profissionais neles inseridos.

Muitos problemas sociais, com os quais convivemos, como desestruturação familiar, desemprego, falta de uma moradia digna, são objetos de estudo na sociedade atual. E a escola, como instituição formadora, não pode jamais desvincular-se dessas questões.

Assim, reafirmamos a importância e finalidades do Projeto Político Pedagógico, o qual se constitui como a alma da escola, simbolizando a vida e o trabalho de todas as pessoas que fazem a educação no dia a dia (direção, equipe pedagógica, professores, alunos, pais, funcionários da escola e a comunidade em que a mesma está inserida).

Um dos desafios a ser enfrentado pela escola contemporânea diz respeito às mudanças proporcionadas na sociedade pelos últimos avanços tecnológicos, as quais tornaram instantânea a comunicação no planeta e globalizaram a economia em um grande mercado, onde o diferencial das nações depende da educação e da capacidade de iniciativa de suas populações.

Aspectos que são tidos como comuns no mundo atual, como o pluralismo político, a multiculturalidade, a intolerância nas relações inter e intrapessoais, as diferenças de classe e de oportunidades, o combate a toda forma de exclusão e a necessidade de inclusão social, são dominantes, o que exige maior autonomia, novas formas de participação social e um novo tipo de formação educacional.

Por tudo isso, o Projeto Político Pedagógico possibilita a introdução de mudanças planejadas e compartilhadas coletivamente, pressupondo um compromisso com a aprendizagem do aluno e com uma melhoria na qualidade da educação. Apresenta também como referência, envolver todos os atores desse processo numa construção coletiva, em busca da excelência na educação, partindo de valores, concepções, princípios e crenças presentes em todo o grupo e que dizem respeito ao futuro do homem e da sociedade, sua melhor maneira de adquirir, transmitir e produzir conhecimentos capazes de orientar a sua caminhada no dia a dia.

Diante disso, a visão de conhecimento a ser trabalhada nessa escola, é a de que este deve atender aos desafios presentes na sociedade contemporânea, auxiliando o aluno a utilizar o conhecimento sistematizado que foi aprendido na construção de uma nova realidade social, interagindo-o com a prática cotidiana, com novas propostas de ação e mudanças, estabelecendo a relação prática-teoria-prática.

 

  4.    VISÃO, MISSÃO E VALORES DA ESCOLA

4.1. Visão da Escola

 Ser um espaço responsável pelo prosseguimento da formação integral do indivíduo, com vistas à melhoria da sua qualidade de vida, desenvolvendo ações que valorizem e ampliem a cultura e o conhecimento, portanto.

 4.2. Nossa Missão

 A missão de nossa escola é fortalecer a qualidade da escola pública, assegurando-lhe um ensino de qualidade, garantindo o acesso  e a permanência dos alunos, através de ações democráticas, transparentes, éticas e solidárias, propostas no Projeto Político Pedagógico, buscando a valorização do ser humano, a ampliação do seu nível intelectual através da construção do conhecimento significativo para formar cidadãos responsáveis, cooperativos, criativos, conscientes e comprometidos com ações que possam contribuir para um mundo melhor.

 4.3. Valores

 Excelência / criatividade: buscamos excelência em tudo o que fazemos perpassando por uma série de valores norteadores, como solidariedade, superação, respeito e cooperação;

Solidariedade: a escola jamais será excelente se caminhar de forma fragmentada, insensível às particularidades humanas, por isso, primamos por uma prática solidária entre todos os segmentos envolvidos;

Respeito / ética: mantemos relações respeitosas com todos os seguimentos escolares, tendo como base o amor e princípios legais;

Cooperação / união: trabalhamos em equipe, valorizando e estimulando a participação de cada um de forma articulada.

 

5.    MARCO REFERENCIAL

 Novos tempos, novas maneiras, novos processos em constante evolução. Nova educação, educação de qualidade para todos. Vivemos um período de transição e a atual realidade exige novas habilidades, novos paradigmas educacionais. “A educação, sozinha, não faz grandes mudanças, mas nenhuma grande mudança se faz sem educação”, diz Bernardo Toro (2010). A mesma pode se tornar um mecanismo de transformação social, para isso, “(...) é essencial a vinculação da escola com as questões sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e tratamento dos conteúdos, como também, da própria organização escolar.” (PCNs – Introdução, v. I pag. 48)

Necessitamos urgentemente de uma sociedade verdadeiramente democrática, onde as respostas para nossas indagações e inquietações estejam mais acessíveis, nos tornando cada vez mais capazes de partilhar utopias, de respeitar as diferenças culturais, éticas, de idade, religião, costumes, gêneros, sistemas econômicos e políticos, “com discernimento quanto às formas de dominação e preservação da fauna, flora e recursos naturais”. (PCNs – v 01. Temas transversais – Meio Ambiente). Tudo isso em prol da continuidade da vida em nosso planeta tão ameaçada atualmente.

Para a efetivação desses propósitos, faz-se necessário transformar a escola em um espaço privilegiado de análise, discussão e reflexão da realidade, com o objetivo de buscar soluções para os inúmeros problemas existentes neste século, o que certamente exige o comprometimento, o envolvimento e a participação de todos.

É preciso promover mudanças fundamentais na cultura das escolas, mudanças estas que permitam aos educadores e educandos incorporarem novas teorias às suas práticas, crenças e vivências, transformando a aprendizagem em um processo reflexivo, potencializador das inteligências e dos valores humanos.

A prática pedagógica, atualmente, vem sendo influenciada por estudiosos capacitados, idealizadores de visões dotadas de valores humanos. É consenso entre os pensadores da educação que a criança só interioriza o que se ensina se este ensinamento estiver de alguma forma, ligado ao conteúdo por um desafio, uma motivação, ou se perceber a importância e a aplicação de tudo aquilo que se estar ensinando. Nesta perspectiva, o Colégio Maria Amaral busca aliar teoria e prática, contextualizando a educação que oferta aos seus estudantes.

Acreditamos numa proposta interdisciplinar que possibilite o redirecionamento da nossa escola, através da nossa prática pedagógica reconstruindo no dia a dia, ações transformadoras, que permitam que as informações adquiridas no decorrer do processo de aprendizagem se transformem em alternativas para a recondução de uma realidade dramática que nos interpela cotidianamente. É preciso aplicar metodologias que permitam o diálogo.

Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de significados possíveis, uma vez que esta nunca é absoluta – sempre é possível estabelecer alguma relação entre o que se aprende e conhecer as possibilidades de observação, reflexão e informação. (...) (PCNs – Introdução, v 01- p, 53)

 

            É imprescindível auxiliar aos educandos a identificar, avaliar e valorizar seus direitos, seus limites, de idealizar e realizar projetos, resolver problemas, analisar, comparar situações, levantar hipóteses, superar conflitos de toda ordem, observar, inovar, criar, aprender com os outros, utilizarem o método científico na tentativa de compreender a realidade que o cerca, capacitar na percepção crítica, buscar explicações e construir conhecimentos.

            Precisamos de uma educação holística que leve em conta as múltiplas facetas - físicas, intelectuais, estéticas, emocionais e espirituais da personalidade humana e tende, assim, para a realização deste sonho eterno: construção de seres humanos realizados vivendo num mundo em harmonia.

            Para sobrevivermos nessa nova sociedade do conhecimento é necessário que saibamos conquistar, renovar e empregar novas informações. A nossa educação deve estar apta a construir competências de leitura e escrita, expressão oral, cálculo, resolução de problemas e, no plano de comportamento, possibilitar o desenvolvimento de aptidões, valores humanos e éticos e atitudes fundamentais para a vida em sociedade. Ou seja, cabe à educação garantir a base sólida para a aprendizagem integral e plena.

             Para responder ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão os pilares do conhecimento para todos os indivíduos: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. Certamente estas quatro vias do saber constituem-se em apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.

            Atualmente a escola precisa rever suas propostas e ações para contrapor à antiga visão sobre como se procedia à aquisição do conhecimento, pois a escola tradicional o concebia como algo pronto, acabado e o aluno era visto como uma tábua rasa, uma folha de papel em branco. Nesse processo de revisão, a escola deve construir coletivamente uma nova proposta, a partir das concepções prévias dos educandos, seu cotidiano, suas dúvidas, seus problemas. Problemas esses que, se devidamente explorados, permitem o desenvolvimento da criatividade, sensibilidade, intuição, senso crítico, capacidade de análise, de síntese, formulação e resolução de problemas.

            Desta forma, nossa escola deve ser sempre um espaço propício ao desenvolvimento das habilidades e competências de nossos educandos para que eles possam se adequar ao atual contexto tecnológico e globalizado. “Ensina, quem de repente aprende,” afirma Paulo Freire; aprende quem vivencia situações concretas ainda que simples.

            A escola é um agente cultural e também socioeconômico, pois interage com o mercado de trabalho (educadores, funcionários em geral, com o mercado consumidor (alunos, pais) e com o setor público (MEC, Diretorias Regionais, entre outros).

            Uma visão clara e precisa da realidade atual é de extrema importância. O universo cultural – econômico - político é dinâmico e suas mudanças se refletem na sala de aula, no cotidiano de todos os educandos, educadores, enfim, de toda a comunidade.

            A compreensão da globalização e suas consequências positivas e negativas, das descobertas científicas, da era da informação, da necessidade da consciência coletiva ecológica e ética, é sumariamente importante para os educadores no seu desenvolvimento pedagógico/profissional, pois a estes cabem, acima de tudo, preparar os educandos para a vida, para a nova realidade que se modela a cada dia.

            A escola é uma instituição social, cuja sociedade onde está inserida lhe agrega sua cultura, suas crenças e valores, o que determinam suas normas, e regras de funcionamento. Esses valores formam o sustentáculo da escola. Quando os valores são claros e aceitos pelo coletivo da instituição, os conflitos diminuem no cotidiano escolar, o que é fundamental para que uma escola funcione harmoniosamente. Os educadores e todos os profissionais ligados à educação, bem como, os educandos e seus familiares, de acordo com suas vivências, experiências e formações, trazem influências próprias que repercutem nas crenças e valores da escola, cristalizando dessa forma sua cultura.

            A formação crítica do educador requer uma ação educativa pautada em valores que ultrapassem o espaço da “sala de aula” enquanto espaço físico, estático e momentâneo, fazendo-a transcender e se inserir nos aspectos culturais históricos, morais subjacentes ao meio social do qual se encontra inserida. Os inúmeros avanços alcançados pela sociedade contemporânea exigem cada vez mais do educador, o desenvolvimento da consciência crítica e posturas éticas e bioéticas na atuação e desempenho do seu papel, enquanto construtor e formador de outros sujeitos cognoscentes, cidadãos ativos no exercício dos seus deveres e na busca dos seus direitos constitucionais políticos, para cada vez mais se alcançar o avanço da sociedade como um todo.

            Assim, a postura crítica e ética do educador, torna-se uma exigência frente às novas necessidades sociais contemporâneas da educação, sobretudo, porque já não cabe mais alimentarmos a fragmentação dos conhecimentos vivenciados em nossas práticas educativas que repercutem na alienação dos sujeitos.

            Cabe ao educador na sua atuação e prática docente oportunizar aos seus educandos, a construção do conhecimento e formação crítica, reflexiva e ética, ou seja, formação humanística e profissional dos estudantes para que sejam capazes de intervir e transformar a realidade enquanto seres que se autoproduzem e que atuam no mundo como cidadãos politizados, capazes de reunir e transferir os recursos e procedimentos necessários, que lhes permitam criar as suas próprias saídas aos desafios enfrentados no dia a dia no âmbito social e profissional das suas atuações.

            A educação se tornará mais coerente e eficaz a partir do momento que estivermos capacitados, para vivenciar esses valores, ou seja, se desenvolvermos um trabalho reflexivo que esclareça as bases axiológicas educacionais na busca de garantir sua missão educacional pautada em valores éticos.

            Vivemos em uma sociedade dinâmica e em constante evolução, onde mudanças acontecem em um piscar de olhos. Por isso, há a necessidade de cada vez mais, buscar a afetividade e valorização o indivíduo.

            Precisamos aplicar a ideia da educação continuada, a partir da qual o indivíduo pode estar em constante crescimento pessoal, profissional e social.

            As instituições educacionais em todos os níveis precisam desempenhar um papel responsável na formação de seus educandos, auxiliando-os na construção de conhecimentos, integrando-os às normas da sociedade e desenvolvendo neles habilidades fundamentais de análise e comunicação. Os estudantes precisam aprender a criar suas próprias experiências, além de conceituar e solucionar novos problemas, aprender a pensar no futuro de forma sistemática, estratégica e sustentável, precisam adquirir habilidades organizacionais como trabalho em equipe, aprender a cooperar em ambientes multiculturais.

A escola tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento de seus discentes e deve criar um espaço para que eles transformem suas ideias em oportunidades. A escola precisa ainda criar ambiência para que o aluno participe da sociedade, preocupando-se junto aos pais com as perspectivas dos alunos a curto, médio e longo prazo.

            A educação deve ser direcionada para o elemento fim, mas sempre aliando à teoria à prática.

   6.  DIAGNÓSTICO

 6.1.Contexto da escola 

6.1.1. Ambiente social, cultural e físico

O Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim atende uma clientela composta por diferentes realidades culturais e sociais. A comunidade é caracterizada por uma diversidade religiosa e realiza festividades tais como: festas juninas, carnaval, mês mariano, aniversário da cidade, festividades de final de ano, páscoa, possui acesso a meios de comunicação (TV, rádio, internet via lan house), conta ainda com clubes, como Associação Atlética do Banco do Brasil - AABB e Sociedade Maçônica, para a realização de festas, no entanto, de modo limitado. Convém ressaltar a existência de comunidades quilombolas que vem se destacando pela sua organização e participação nos movimentos sociais.

O referido colégio está situado à Rua Gercino Coelho, nº 14, no centro da cidade de Riacho de Santana, Bahia, circundado por bairros dotados de áreas de lazer, como quadras poliesportivas e comunitárias, além de Escolas municipalizadas como o Arnaldo Cardoso, Xavier Marques e Jonh Kennedy. Nas proximidades do colégio também é possível observar a diversidade de estabelecimentos comerciais, como papelarias, sorveterias, lanchonetes, fórum, Banco do Brasil, Câmara Municipal, posto de saúde, dentre outros.

No que se refere à população estudantil, comporta alunos provenientes dos diferentes bairros da cidade, a exemplo do Mato Verde, Belém, Peral, Alto da Escola Agrícola, Imperial, São Rafael, Vila Maria, entre outros, além de alunos da zona rural (Santana, Laranjeira, Pau Branco, Gatos, Itapicuru, e outras mais), cujo acesso se dá via transporte escolar, mantido pela prefeitura municipal.

 

6.1.2. Situação socioeconômica e educacional da comunidade

 A comunidade atendida pelo Colégio Municipal Maria Amaral em sua maioria é formada por filhos de funcionários públicos municipais, comerciantes, agricultores, autônomos e desempregados.  Uma pequena parcela de pais de alunos atendidos pela escola possui nível de escolaridade elevado, constatando nível médio completo, graduações e em alguns casos, especializações.

Como o acesso à escola tem sido uma preocupação das esferas governamentais, o índice de evasão nas escolas do município tem caído gradativamente. Uma das medidas que tem colaborado com isso é a manutenção do programa assistencialista Bolsa Família que contempla muitas famílias dos alunos do colégio Maria Amaral.

Outros setores de assistência à população são o da saúde e o da assistência social, tais como Postos de Saúde da Família - PSFs, agentes de saúde, farmácia popular; acompanhamento social e psicológico através do Centro de Referência de assistência Social - CRAS e Centro de Atendimento Psicossocial - CAPS, Pro – Jovem, Programa Criança Cidadã, Escolinha Zico Dez, grupo de capoeira Ginga Brasil, Programa Bem viver, entre outros. Por meio desses programas são desenvolvidas atividades sócio-educativas, palestras sobre temas relevantes com o objetivo de promover a interação social.

  6.2. Caracterização da escola (identidade)

           6.2.1. Histórico do colégio

 O Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim foi criado pelo então prefeito municipal, Tito Eugênio Cardoso de Castro, através do Decreto nº 27 de 05 de Fevereiro de 1997, tendo sido idealizado em seu primeiro mandato de 1992 a 1996, com o propósito de propiciar às crianças carentes do nosso município a oportunidade de estudar em uma escola de qualidade.

A escolha do nome Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim foi uma homenagem feita à professora que emprestou o seu nome à instituição, por ela ter feito parte do primeiro quadro de docentes do município de Riacho de Santana.

Para início de trabalho, em 1997 foi aplicado um teste seletivo aos professores com o objetivo de selecionar os que iriam iniciar com as primeiras turmas. Foram selecionadas as professoras: Cynthya Carneiro Teixeira, Elvira Ferreira, Cristiane Sena e Rosimêre Marques Cardoso e Railde Rocha Badoró, como secretária. Para melhor desenvolver o trabalho proposto, as então selecionadas professoras recebiam orientação da Pedagoga e também Secretária de Educação daquela época, a professora Aracy Ivo Barbosa Fernandes.

No ano seguinte, 1998, com a regulamentação da escola pelo MEC, divulgada no Diário Oficial aos 28 dias do mês de maio e com a realização de concurso público municipal, foi montado o primeiro quadro efetivo dos docentes e pessoal de apoio da instituição ora referida, ficando assim constituído: Márcia Cristina Rocha Louzada, Tatiana Di Lissandra Magalhães Neves, Magda Marisa Gondim de Castro e Elvira Ferreira da Silva Marques, primeiras nomeadas; Cristiane Sena Gomes e Rosimêre Marques Cardoso, segundas nomeadas; Márcia Ferreira do Nascimento, Sirlene Rosa Pereira, removidas do povoado de Laguna; Além das professoras Eva Maria Coutinho, Fábia Simone Oliveira Lima, Jusçara Guedes Xavier, Lindinalva Neves Cardoso e Nadja Leyla Amaral Alves que complementaram o quadro docente daquele ano, assim como Nilva Boa Sorte de Oliveira, vice-diretora, Railde Rocha Badaró, Coordenadora da Educação Infantil, Talluana Neves Leão, secretária, e Darci de Souza Carvalho, diretora.

 A escola começou a funcionar em 1997, com aproximadamente 60 alunos divididos em quatro turmas de 1ª série, no antigo prédio do Centro Educacional Sinésio Costa, onde funcionou por dois anos. Estava na direção nessa época a professora Darci de Souza Carvalho.

Como a construção da sede própria fora no mesmo local do antigo Centro Educacional Sinésio Costa, no ano de 1999, a escola passou a funcionar em locais alugados. Em 2001, foi inaugurada a nova sede, dispondo de espaços apropriados para as atividades pedagógicas.                                                         

Com o passar dos anos, muitas mudanças aconteceram. Houve substituição de diretores, de coordenação pedagógica, ampliação do quadro de professores e de funcionários. Tudo com o intuito de atender à demanda para implantar e fortalecer o bom funcionamento da escola.

Atualmente, o Colégio Maria Amaral Guimarães Gondim atende 884 alunos do 1º ano do Ensino Fundamental à 8ª série.

O Colégio supracitado tem uma equipe docente com formação em Pedagogia e em áreas específicas. Todos trabalham para promover uma educação de qualidade para seus alunos. É um trabalho coletivo desenvolvido por todos que acreditam num mundo melhor, proporcionado através da educação.

O colégio tem como meta principal a qualidade de ensino. E, nesta perspectiva, a equipe pedagógica desenvolve diversas ações com a finalidade de tornar o ensino mais atrativo e efetivar o processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, sempre realizou e vem realizando projetos interdisciplinares e eventos a exemplo das olimpíadas de matemática e de Língua Portuguesa, reciclagem e reutilização de materiais, cultivo de hortas, gincanas educativas, exposições de trabalhos, excursões para pesquisa e projetos de incentivo à leitura, que ajudam na aprendizagem dos alunos, oportunizando-os a desenvolverem as suas potencialidades e inteligências e, consequentemente exercerem com mais segurança a sua cidadania.

           6.2.2. Situação física e recursos materiais da escola

 O colégio apresenta uma estrutura de médio porte, dividido em dois compartimentos, porém, necessitando de uma reforma com alguns reparos. Contamos com: 16 salas de aula arejadas, com iluminação necessária para a estabilidade e o conforto do alunado, visando um melhor aproveitamento nos aspectos estudantis; 01 sala de informática com 17 computadores e 01 impressora do projeto de informatização das escolas (PROINFO), instalados em uma sala equipada com mesas e cadeiras próprias para o manuseio destes equipamentos; 01 sala de vídeo com duas televisões e dois DVs; 01 sala de Xerox, 01 auditório com capacidade para duzentas pessoas; 01 quadra poliesportiva; 01 refeitório; 01 cantina; 02 banheiros femininos com 05 repartições cada; 02 banheiros masculinos com 05 repartições cada; 01 banheiro para os professores; 01 banheiro para auxiliar de serviços gerais; 01 banheiro para direção, 01 almoxarifado; 01 dispensa, 02 pátios cobertos; 01 pátio pavimentado; 01 pátio aberto, 01 sala para os professores; 01 sala para a direção; 01 secretaria, 01 biblioteca que possui acervos didáticos e paradidáticos, além de jogos educativos e instrumentos para melhorar a qualidade das aulas, como esqueleto humano, planetário, mapas, globo terrestre, além de espaço com tapete, almofadas e cesto com portadores de textos para leitura e reflexão dos alunos. Quanto aos recursos materiais o colégio ainda possui 01 data show, 01 notebook, 03 aparelhos microssysten novos, 01 computador para uso da secretaria da escola, 01 impressora multifuncional, 01 impressora matricial, 01 câmera digital, 01 máquina xerocopiadora e 01 caixa de som amplificada.

Em relação à disponibilidade de recursos materiais é possível observar ainda, a existência de carteiras para alunos em todas as salas, mesas e cadeiras escassas para professores, armários para arquivos de secretaria escolar não trancáveis e gastos pelo tempo de uso, forno e fogões industriais, geladeira, armário, freezer, liquidificador, além de outros pequenos utensílios de cozinha.  

Vale ressaltar, que no início do seu funcionamento o colégio possuía consultório odontológico e sala de informática em funcionamento que atendiam aos alunos, especialmente os que desproviam de recursos financeiros que eram assistidos diante dessas necessidades indissociáveis do crescimento pessoal e social de todos. Entretanto, tais salas foram desatualizadas, retardando a concretização de umas das metas do colégio.

Desde a inauguração da sede própria, o referido colégio, pelo seu amplo espaço, sempre fora cotado para a realização de eventos da comunidade local e outras instituições que temporariamente prestam serviço à comunidade na qual se insere o Colégio Maria Amaral, como ocorreu para funcionamento de extensões de faculdades como a Rede UNEB 2000 – programa de extensões de faculdades - que funcionou em uma das salas por dois anos e meio, além da Faculdade de Tecnologias e Ciências - FTC que fez uso de duas salas por mais de um ano.

A origem da maioria dos recursos que o Colégio tem hoje é do Caixa Escolar e do PDE - Escola (Plano de desenvolvimento da Escola), sendo esta uma ferramenta gerencial que auxilia a mesma a realizar melhor o seu trabalho de forma estratégica, focalizar sua energia, assegurar o trabalho da equipe para atingir os mesmos objetivos, avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constantes transformações, assim como constituir um esforço disciplinado da escola para produzir decisões e ações fundamentais que moldem e guiem o que ela é, o que faz e por que assim o faz, com um foco no futuro.

 6.3.        Recursos humanos

 O quadro docente do Colégio Maria Amaral é composto por 39 professores (ANEXO 01) que atuam desde o 1º ano do Ensino Fundamental menor às variadas disciplinas do currículo do Ensino Fundamental maior, sendo todos pertencentes ao quadro efetivo do município.

Quanto à formação docente, todos atendem aos princípios da legislação, apesar de alguns ainda lecionarem disciplinas que não condizem com a sua graduação, são habilitados, além daqueles que são especialistas na área que atuam e dos que se preocupam com a atualização constante dos conhecimentos, participando de encontros, seminários, fóruns, cursos, grupos de estudos, entre outros. No entanto, percebe-se que ainda há a fragmentação do trabalho pedagógico docente, o que tem dificultado o processo interdisciplinar do ensino-aprendizagem, pois muitos se restringem apenas ao trabalho em sua área de conhecimento, assim como dificuldades práticas e teórico-metodológicas, a exemplo do despreparo para trabalhar com a inclusão do aluno com necessidades especiais em salas do ensino regular; o desconhecimento das teorias pedagógicas recentes - o que acaba ocasionando uma prática tipicamente tradicional; as dificuldades de trabalhar a diversidade, principalmente em relação ao aluno com dificuldades de aprendizagem; além do não domínio das tecnologias recentes, utilizadas como apoio ao trabalho escolar.

Tudo isso ressalta que, face à importância do trabalho do professor, é imprescindível oferecer a estes condições de trabalho capazes de formar alunos aptos para a vida em sociedade.

No que se refere ao corpo discente, atualmente o colégio possui 884 matriculados, constituindo uma comunidade de perfil socioeconômico bem heterogêneo, com alunos vindos tanto de colégios particulares quanto de escolas públicas. Muitos destes, contam apenas com os recursos do programa Bolsa-Família, apresentam desajustes sócios escolares em forma de condutas indisciplinares, comprometendo, assim, o rendimento escolar e a socialização com os demais colegas.

Outro aspecto que caracteriza a heterogeneidade em nosso colégio é a escolaridade dos pais de nossos alunos, que varia do analfabetismo, Ensino Fundamental incompleto (em sua maioria) ao curso superior. O que tem influenciado a maneira como os mesmos têm participado da vida escolar dos filhos.

Não raro, quando solicitados e/ou convidados para reuniões e palestras promovidas pelo colégio, apenas uma pequena parte dos pais comparece. E, geralmente, aquela cujos filhos apresentam um rendimento satisfatório na aprendizagem.

Tal situação tem sido objeto de discussão em nosso âmbito escolar. Considerando, a priori, que não é agradável ouvir reclamações sobre nossos filhos sempre que perguntamos por eles, que tal conduta só distancia os pais das estruturas escolares, nós do Colégio Maria Amaral temos nos preocupado em inserir os pais de nossos alunos nas atividades que desenvolvemos. Entretanto, esse é um desafio, com certeza, muito significativo. É ainda uma meta a ser aprimorada pela nossa instituição.

Quanto à constituição do corpo administrativo do Colégio Maria Amaral, assim como em todas as escolas da rede municipal, é feita por indicação do poder público municipal, considerando o fato dos escolhidos serem integrantes da referida instituição, por acreditar que, sendo assim, a possibilidade de aceitação e de atuação gestora dar-se-á de maneira eficaz e democrática, quer pela afinidade entre colegas, quer pelo conhecimento prévio que já se tem do estabelecimento que se é incumbido a gerir.

Em relação aos funcionários, totaliza-se um número de 22 servidores (ANEXO 02) entre auxiliares de serviços gerais, porteiros, auxiliares de disciplina e administrativos. Sendo: 02 merendeiras, 10 faxineiras, 03 auxiliares de disciplina, 02 porteiros, 02 bibliotecárias, 01 auxiliar de Xerox, 01 digitador e 01 auxiliar administrativo. Vale ressaltar, que o trabalho desse grupo tem se respaldado no princípio da parceria para com o colégio, tanto que, se um deles deixar de assim agir, os resultados esperados para o bom funcionamento na administração escolar é comprometido.

Preocupado com a orientação pedagógica, o colégio conta com a orientação de uma pedagoga, também da casa, que atua nos dois períodos de aula, auxiliando nos trabalhos administrativos e promovendo a realização do pedagógico em parceria com os docentes, enfatizando diagnósticos, encaminhamentos, execução e avaliação pedagógico-administrativa.

 6.4.        Gestão da escola

 O Artigo nº. 14 I e II (L.D.B.) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96, define que:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e participação da comunidade escolar e conselhos escolares ou equivalentes.

 

Sendo assim, esta instituição procura desenvolver uma gestão democrática centrada nos valores e princípios democráticos pela natureza social da escola. O trabalho por ela desenvolvido visa o cumprimento da função social e política da educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, através da produção e socialização do saber historicamente acumulado pela humanidade. Além disso, prioriza um processo pedagógico dinâmico onde há envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente, funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção de liberdade e co-responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação à melhoria do processo ensino-aprendizagem.

 Por conceber a gestão democrática como um princípio consagrado pela Constituição vigente que abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras e exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica é que o Colégio Maria Amaral é seguidor de tal concepção. Não tem como não pensar que a gestão democrática é o caminho mais preciso para se romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática.

Um dos mecanismos de garantia desse princípio é a participação da comunidade através do colegiado escolar. Assim sendo, as possibilidades de melhoria da qualidade do que se é decidido na área da educação se alargam e constituem-se papel fundamental na democratização da gestão.

Para fortalecer a concepção democrática escolar, o Regimento interno das instituições municipais, nos artigos 7º ao 10º, discorre sobre a gestão escolar com as atribuições da direção, vice-direção e coordenação pedagógica, demonstrando que em meio ao século XXI não se concebe uma educação transformadora norteada pelo autoritarismo e centralização de poderes.  (ANEXO 03).

Outro desdobramento interno que tem assegurado a democratização do gerir do nosso colégio é o Conselho Escolar, que tem se mantido na ativa, promovendo reuniões extraordinárias para tratar de assuntos relacionados ao andamento da escola, à tomada de decisões administrativas, ao conhecimento da realidade pedagógica da escola, entre outros assuntos. Vale ressaltar, ainda, que a escola conta com a participação de representantes de alunos que são escolhidos pelo voto direto da classe estudantil.

 6.5.        Organização da escola e do ensino

 Para a garantia da organização da escola e do ensino, o Colégio Maria Amaral, assim como todas as outras instituições de ensino tem se norteado através de um regimento interno, que trata da organização das instituições educacionais, direitos e deveres de alunos, professores, funcionários, entre outros.

Em relação à elaboração de planos e de projetos na escola, os professores tem se reunido por área, para os estudos específicos. Nesse momento também é realizado o planejamento semanal de aulas. Outro momento destinado a estudos, planejamentos e discussões é a Semana Pedagógica, realizada nos dias que antecedem o início das aulas. É nesse período que se dá a organização das primeiras semanas de aulas para a recepção dos alunos. Ainda que não exitosos, os planos tem buscado levar em conta o ponto de partida de aprendizado do aluno, as diretrizes curriculares, incluindo a prática social vivenciada pelo aluno e pelo professor. Nos planos docentes (anexo 03) também são contemplados projetos extracurriculares de acordo com cada disciplina ou área de conhecimento. Isso porque entendemos que

O planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termo de sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação. (LIBÂNEO, 1994, p.221)

 

Para veicular formalmente o estudante ao colégio, a matrícula, como de praxe, é o ato que confere ao aluno essa condição.  É através dela que o estudante fica sujeito às normas regulamentares de funcionamento da instituição educacional.

Para a realização da mesma, tem-se um calendário preestabelecido pela Secretaria Municipal de Educação (SME), que orienta as unidades escolares a recolherem cópias de documentação pessoais de cada um dos que pleiteiam uma vaga na escola.

No caso dos alunos que já possuem matrícula no colégio, a renovação desta é feita a partir do comparecimento à escola dos responsáveis para a assinatura de documentação específica. Apenas esse procedimento já assegura ao aluno da casa o direito à continuidade dos estudos dentro da referida instituição, tendo, inclusive, a prioridade das vagas, já que estudam na escola, mesmo nos casos de repetência.

Para tanto, a escola obedece ao número de alunos por turma, estabelecido no Regimento interno da mesma. Na atualidade, funciona com 32 turmas de alunos, sendo: 16 em cada período (matutino e vespertino); dezoito turmas do Ensino Fundamental I e 14 turmas do Ensino Fundamental II. No período matutino funciona o Ensino Fundamental II, com início às 07h30min  e término às 12h00min, e duas turmas do Ensino Fundamental I (4ª série); no período vespertino,  das 13h30min às 17h30min, funcionam as 16 turmas do Ensino Fundamental I.

O critério para a formação das turmas é início da escolarização. Turmas essas que, na maioria das vezes, seguem até o final do Ensino Fundamental oferecido pela escola. Quanto aos alunos novatos e reprovados são enturmados conforme a idade.

  6.6.        Relação entre a escola e a comunidade

 O Colégio Maria Amaral trabalha no intuito de inserir a comunidade no contexto sócio educativo. A parceria abrange pais dos alunos, escolas particulares e públicas, Conselho Tutelar, Polícia Militar, secretarias diversas, dentre outros. Destacam-se nesse contexto, a secretaria de saúde, que sempre que solicitada esclarece dúvidas dos alunos e membros da comunidade por meio de palestras; e a secretaria de Educação que apóia e incentiva a realização de eventos para que haja uma maior interação comunidade/escola.

Um dos mecanismos que é utilizado por escolas tanto de caráter público quanto particular, assim como a quadra de esportes e a biblioteca, é o auditório Hermenegildo Cardoso de Castro. Nele, toda a comunidade local tem realizado trabalhos que variam da conscientização – palestras, cursos de formação continuada a confraternizações, colação de grau, concertos, artes cênicas, dentre outros. É a escola abrindo as portas para a comunidade por concebê-la

6.7.        Currículo

Nenhuma instituição caminha às cegas, de qualquer maneira. Indiscutivelmente não se faz educação ao acaso. Antes, porém, é preciso que se tenha definido onde se quer chegar, para, num segundo momento, traçar as estratégias que garantirão o alcance de tais propósitos. Não importa qual a etapa de escolaridade, pois desde o início da educação formal, muitos processos de elaboração de propostas pedagógicas foram e ainda são construídas no âmbito do colégio Maria Amaral.

A concepção de currículo adotada por nossa escola prevê uma produção social construída por pessoas que vivem em determinados contextos históricos e sociais. Essa produção busca se dá coletiva e criticamente, com resultado pautado na troca e reflexão, quer das experiências, quer dos conhecimentos acumulados por todos e por cada um.

Entendemos que a atividade de planejar o currículo refere-se ao processo de dar-lhe forma e de adequá-lo às peculiaridades dos níveis escolares da instituição. Assim, desde as explicitações de finalidades até a prática, é preciso planejar as atribuições e as atividades com certa ordem, para que haja continuidade entre intenções e ações, afinal, “Planejar é, pois, algo fundamental, porque, por meio do plano, é como se elabora o próprio currículo.” (SACRISTAN, 2000 p. 197).

É através do currículo que a escola seleciona de maneira intencional uma porção de cultura. O currículo é, portanto histórico, resultado de um conjunto de forças sociais e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e sociais.

Nesse aspecto, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os saberes nele inseridos como também, os movimentos contraditórios pelos quais a sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Cabe a escola, pois, construir seu papel fundamental na transmissão, assimilação e socialização dos saberes culturais, numa base intencional que pressuponha uma práxis transformadora: caminho este a ser percorrido por todos da unidade escolar.

Não se pode esquecer que a Proposta Pedagógica Curricular demonstra a sua não neutralidade. Através da seleção dos conteúdos de cada disciplina, da escolha das metodologias e de recursos mais adequados, toda instituição educacional demonstra sua intencionalidade a respeito da sociedade que almeja formar.

Nessa percepção de currículo, conhecimento e conteúdo, faz-se necessário situar que os Desafios Educacionais Contemporâneos tais como sexualidade, violência, drogas, meio ambiente e cultura afro-descendente e indígena devem estar presentes nos planos docentes a serem abordados sempre que necessário. Desafios esses que, postos na escola hoje, enquanto marcos legais podem ser verificados, por exemplo: na Lei 10639/03, que trata sobre a obrigatoriedade do ensino de História e cultura Afro-brasileira, africana e indígena, e que apresenta uma historicidade ligada ao papel e à cobrança da sociedade civil organizada, em especial, dos movimentos sociais; na 11.645/2008, que complementa a  10.639/03, acrescendo a temática da história e cultura indígenas. De acordo esta Lei, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena em todos os estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e privados, com conteúdos ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira; na 9.795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental, entendida como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Não é demasiado ressaltar que a educação ambiental tornou-se um componente essencial e permanente da educação nacional. Por isso, faz-se necessário estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Assim sendo, em nossa escola, é de consenso que temáticas que envolvem o meio ambiente e, em especial, a questão do impacto, tão presente na sociedade atual, seja inserida no Currículo Escolar.

A nova abordagem curricular em cumprimento ao artigo 210 da Constituição Federal de 1988 determina como dever do Estado para com a educação, “fixar conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”.

Nessa perspectiva, pretendemos subsidiar a análise das propostas pedagógicas, como estabelece o artigo 26 da vigente Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, já que

 

Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

 

Nesse sentido, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem pressupor parte desta totalidade. Mas, para isso, não se pode impô-los à disciplina numa relação artificial e arbitrária. Antes, porém, deve-se acioná-los a partir do conteúdo da matéria, dentro de um contexto e não o contrário: transversalizando-o ou secundarizando-o.

No entanto, devemos ter clareza que a escola não consegue atender a tudo e a todos. O que ela pode e deve fazer é, de forma consciente e fundamentada, exercitar a discussão sobre esses desafios, entendendo-os na mesma perspectiva do conteúdo escolar: na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da totalidade, caminhando para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da realidade.

Partindo dessa concepção, um programa de educação contínua faz-se necessário parar, analisar, comparar e discutir as mudanças que devem ocorrer na prática educativa, atribuindo novos sentidos ao trabalho docente. Até porque posicionamo-nos em defesa de uma escola democrática que humanize e assegure a aprendizagem. Uma escola que veja o estudante em seu desenvolvimento – criança, adolescente e jovem em crescimento biopsicossocial, que considere seus interesses e de seus pais, suas necessidades, potencialidades, seus conhecimentos e sua cultura. Reconhecemos que os educandos são constituintes da docência, das funções da escola e da formação curricular e por elas são construídos. Por estes motivos, partimos do pressuposto de que os alunos-educandos não devam ser esquecidos nas políticas e propostas curriculares, nem poderão ser esquecidos em qualquer reorientação curricular.

É preciso ressaltar a necessidade de um currículo bem elaborado e devidamente avaliado dentro da escola. Inúmeros são os desafios pretendidos. É verdade. E tudo isso para ser real, necessita de planejamento e estudo extremamente criteriosos, que dêem ênfase à avaliação e à qualificação do corpo funcional desta casa de educação, para que, deste modo, nosso currículo escolar não se reduza a mais um arquivo de registro burocrático, utilizado nos momentos de inspeção dos supervisores incumbidos para tal.

 

6.8. Resultados educacionais

6.8.1. Desempenho escolar dos alunos

 

Toda escola traz consigo um objetivo maior: capacitar teoricamente seus estudantes para a cidadania efetiva. Associada a esse desejo, especialmente com o crescimento da demanda atual, verifica-se uma preocupação com o desenvolvimento humano de cada um dos que constituem o corpo discente dessa instituição pedagógica. Por isso, o colégio Maria Amaral busca acompanhar o fluxo de alunos e confiam a ele essa responsabilidade, no intuito de corrigir as falhas existentes no processo de ensino-aprendizagem.

No ano de 2009, por exemplo, a escola teve no seu quadro um total de 869 alunos. Desse total, 13,12% foram reprovados e 2,88% evadiram-se. Verifica-se que o índice de reprovação da mesma ainda é alto em relação à média nacional. Porém, a escola tem se preocupado com isso e trabalhado para reduzir esse índice, realizando conselhos de classes bimestrais, estudos de recuperação paralela, reuniões com pais e mestres, solicitação de acompanhamento especializado às famílias e aos alunos, entre outras medidas, que, mesmo sendo insuficientes, tem auxiliado à luta em detrimento de melhores resultados da instituição.

Vale destacar, que o alto percentual de reprovação acontece com mais frequência nas séries iniciais (1ª e 2ª séries). No entanto, com a lei 11.274, de fevereiro de 2006, que ampliou a duração do ensino fundamental de oito para nove anos, transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino fundamental, e reduzindo de sete para seis a idade de matrícula inicial escolar, este índice tende a diminuir a cada ano, pois a criança permanecerá mais tempo na escola, reforçando, deste modo, as chances de aprender mais e melhor.

Entretanto, não se pode pensar que apenas o fato de estar mais um ano na escola é sinônimo de êxito na aprendizagem. É preciso, antes de tudo, entender, como afirma a educadora Regina de Assis, uma das maiores especialistas do Brasil em educação infantil, que a ampliação do ensino fundamental é boa, mas requer alguns cuidados, pois, aos seis anos, a criança ainda aprende por meio de brincadeiras, de forma lúdica, e, por isso mesmo, não deve ser jogada no sistema do ensino fundamental sem que isso seja levado em conta. A educadora explica que essa fase é favorável ao desenvolvimento cognitivo, em que a criança passa a ter mais facilidade para lidar com a linguagem, a escrita, a leitura e a interpretação. É nessa fase que ela começa a entender os mecanismos das quatro operações matemáticas.

Portanto, alerta Regina,

Apesar de todo o potencial para aprender, a criança aos seis anos ainda quer brincar. Não se pode pensar que acabou o tempo da brincadeira e começou o da seriedade. Ela está com uma condição psicolinguística muito favorável, mas o professor só vai ter êxito se trabalhar de forma lúdica.

 

Uma escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. Qualidade para todos, portanto, vai além da meta quantitativa de acesso global, no sentido de que as crianças, em idade escolar, entrem na escola. É preciso garantir a permanência dos que nela ingressarem. Em síntese, qualidade "implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar" (Demo 1994, p.19).

Em relação à faixa etária dos alunos atendidos pelo Colégio Maria Amaral, oscila entre 06 e 14 anos de idade. Porém, existem alguns alunos acima dessa faixa etária em virtude da não existência de classe de aceleração.

No intuito de reduzir a defasagem idade/série, resultado da reprovação escolar, o Maria Amaral tem realizado conselhos de classe, como já fora ressaltado anteriormente, objetivando diagnosticar as deficiências mais acentuadas em relação à aprendizagem e, consequentemente, elaborar planos de combate a tais limites pedagógicos por entender que essa é uma

 

(...) atividade que reúne um grupo de professores da mesma série, visando em conjunto chegar a um conhecimento mais sistemático da turma, bem como acompanhar e avaliar cada aluno individualmente, através de reuniões periódicas. (SANT’ANNA,1995, p. 87 - 88).

 

Assim, nos momentos do conselho são listados os encaminhamentos a serem realizados como: conversa com o aluno, com os responsáveis, mudança de metodologia, criação de projetos visando à melhoria do ensino- aprendizagem, entre outros. Posteriormente todas as discussões e decisões são registradas em Ata, lida e assinada por todos os professores e demais presentes.

Portanto, no decorrer do ano letivo, esse tem sido um recurso pedagógico eficaz por constituir-se um espaço de diagnóstico, reflexão de problemas e de possibilidades de avanço dos alunos, com vistas a intervenções adequadas às necessidades da proposta pedagógica da escola.

        

6.8.2. Desempenho global da escola

 

O Colégio Maria Amaral é a escola que teve o maior IDEB (índice de desenvolvimento da Educação Básica) do município de Riacho de Santana em 2010, chegando a atingir a média 5,0 no Ensino Fundamental I, e 4,2 no Ensino fundamental II. Porém, como todas as outras instituições têm inúmeros problemas, como indisciplina, alunos que faltam muito, evasão, e muitos outros. Mas temos procurado resolvê-los da melhor forma possível, como enfatizamos: chamando a família, visitando as famílias de alunos que faltam muito, conversando com os mesmos, chamando o Conselho Tutelar, encaminhando casos para o CENAE (Centro de apoio Educacional) para acompanhamento com psicóloga, psicopedagogo e fonoaudiólogo.

Outro fator que merece destaque é em relação aos alunos portadores de necessidades especiais. Segundo o expresso na LDB em seu artigo 58: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.”

O colégio atualmente não conta com recursos, e a acessibilidade não é adequada para garantir o direito de estudar a essas crianças e jovens. Porém, o Ministério da Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação Especial (SEESP), desenvolve o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, que visa apoiar os sistemas de ensino na organização e oferta do atendimento educacional especializado – AEE aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, realizado de forma complementar ou suplementar à escolarização nas escolas comuns de ensino regular e o Colégio Maria Amaral foi contemplado com uma dessas salas, ainda em fase de implantação.

Os professores também não têm especialização adequada para atendimento especializado. É necessária uma formação continuada nas escolas que recebem estas crianças, bem como, de uma equipe interdisciplinar (psicólogo, assistente social, fisioterapeuta) para apoiar os professores em atividades direcionadas a este grupo que hoje se faz presente na escola e a outros que com o tempo virão.

 7. OBJETIVOS

           7.1.Objetivo Geral

 Promover a educação como um instrumento de autonomia e emancipação dos sujeitos, com vista à ressignificação da prática docente que objetive a formação integral do aluno como ser reflexivo, politizado, analítico, crítico e agente transformador da sua comunidade e do mundo.

 

         7.2.Objetivos Específicos / Ações

 

OBJETIVOS

AÇÕES

Sensibilizar a comunidade escolar em relação à importância e necessidade de implementação de uma educação inclusiva;

 Realização de palestras com os profissionais da educação para estudo e abordagem de temas relacionados à  Promoção de momentos de estudo juntamente com a família, a equipe escolar e os profissionais especializados, para envolvimento de todos no processo ensino-aprendizagem inclusivo;

 Intensificação das ações conjuntas para melhorar envolvimento com os alunos inclusos;

 Solicitação de apoio junto a SME e ao CENAE, para o desenvolvimento de cursos de aprimoramento no atendimento aos alunos com necessidades especiais.

Estimular a participação da comunidade nas ações desenvolvidas por esta instituição de ensino;

Promoção de eventos educativos nas datas cívicas e comemorativas relacionados ao Meio Ambiente, Carnaval, Páscoa, Dia das Mães, Festa Junina, Dia dos Pais, Folclore, Dia do Estudante, Independência do Brasil, Dia das Crianças, Aniversário da Cidade, Dia dos Professores, Natal; através de: Teatros, Excursões Culturais, Gincanas Educativas, Olimpíadas, Feiras Culturais, Mostra Científica e Folclórica, Comemorações e exposições de trabalhos em todas as áreas do conhecimento.

 Trabalhar com toda a comunidade escolar conceitos de respeito, disciplina, responsabilidade, ética, amor ao próximo entre outros temas relevantes; para a vida em sociedade;

 Realização de momentos reflexivos através de palestras educativas que contribuam para conscientização da comunidade escolar em relação aos valores morais e éticos;

Aplicação de dinâmicas de grupo;

 Utilização de vídeos que abordem os temas transversais;

 Desenvolvimento de projetos relacionados à ética, disciplina, responsabilidade e respeito mútuo.

 Adotar ações pedagógicas inovadoras com vistas a atender às demandas de aprendizagem da população estudantil;

 

 

 

 Melhorar o IDEB da escola;

ü Execução de projetos com temas atuais e atrativos, referentes a fatos cotidianos, polêmicos, relevantes e emergenciais conforme a necessidade do momento;

ü Realização de cursos e oficinas pedagógicas de aprimoramentos e capacitação do corpo docente através do apoio da SME;

ü Realização de gincanas educativas com temas diversos;

ü Adesão e participação nos programas desenvolvidos pelo MEC e outras entidades educacionais;

ü Implantação de grupos de estudo com o corpo docente;

ü Realização de diagnósticos e análises de dados do desempenho acadêmico da população estudantil;

ü Execução de projetos de leitura, escrita e cálculos.

ü Desenvolvimento de projetos de intervenção junto ao CENAE para atendimento de alunos com déficit e/ou dificuldade de aprendizagem;

ü Criação de alternativas de reforço para alunos com baixo rendimento escolar.

 Incentivar o resgate dos valores morais, promovendo reflexões e mudanças de postura frente à questão da indisciplina;

ü Realização de trabalhos com filmes e músicas que despertem o respeito mútuo;

ü Realização de trabalhos de campo, que evidencie as consequências de atitudes indisciplinadas e/ou infracionárias;

ü Convidar pessoas da comunidade para dar depoimentos e testemunho de vida;

ü Aplicação de providências legais junto ao Conselho Tutelar e/ou Promotoria Pública conforme a situação-problema enfrentada no momento;

ü Solicitação junto à SME apoio para a conclusão das ações;

ü Envolver os pais nas atividades realizadas na escola;

ü Exposições das atividades realizadas com os alunos em reuniões e nos conselhos de classe;

ü Realização de gincanas culturais, educativas e esportivas;

ü Realização de palestras envolvendo os temas: drogas, DSTS, segurança, doenças epidemiológicas;

ü  Projetos de ensino envolvendo os pais.

ü Diminuir o índice de evasão e repetência no ano de 2011.

ü Visitação em domicílio dos alunos com baixa frequência escolar pela direção da escola;

ü Desenvolvimento de projetos de Prêmio ao mérito de alunos pela participação e desempenho;

ü Buscar apoio dos órgãos competentes para a resolução dos problemas que levam o aluno à evasão;

ü Propiciar a vivência democrática para a participação de todos os membros da comunidade e o exercício da cidadania;

ü Realização de eventos educativos, debates temáticos abertos ao público e palestras com temas do interesse popular;

ü Desenvolvimento de projetos com temas relevantes que propicie a reflexão e a sensibilização de todos os envolvidos na vida escolar;

ü Incentivar a busca da qualificação profissional dos funcionários da escola;

ü Buscar junto à SME cursos de aperfeiçoamento profissional para os funcionários da escola visando uma participação mais efetiva e compromissada de todos no ato de educar;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

8. AVALIAÇÃO

 

Atualmente, muito se tem discutido sobre avaliação no contexto escolar e é constante a busca por uma verdadeira definição para o seu significado, justamente porque esse tem sido um dos aspectos mais problemáticos na prática pedagógica.

Apesar de ser a avaliação uma prática social ampla, pela própria capacidade que o ser humano tem de observar, refletir e julgar, na escola sua dimensão não tem sido muito clara. Ela vem sendo utilizada ao longo das décadas como atribuição de notas, visando a promoção ou reprovação do aluno. Não é em vão que

O termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como: fazer prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação também é frequente em /nossa escola,/ resultado de uma concepção pedagógica arcaica, tradicionalmente dominante. A avaliação se restringe a medir a quantidade de informações retidas. Nessa abordagem em que educar se confunde com informar, a avaliação assume um caráter seletivo e competitivo. (HAIDT, 1999, p. 286)

 

Em pleno século XXI, quando a concepção pedagógica está mais moderna e a educação deve ser concebida como vivência de experiências múltiplas e variadas, tendo em vista o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social do educando, a avaliação deve ser vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição do professores para alcançar o principal objetivo da escola: auxiliar todos os alunos a avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos discentes e oferecer alternativas para uma evolução mais segura. (revista Nova Escola, edição especial/ jan 2009)

A nova forma de avaliar deve assumir dimensões mais abrangentes, não se reduzindo apenas a atribuição de notas. “A avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre seu trabalho”. (LUCKESI, apud LIBÂNEO 1994, p. 196). Sua conotação deve ser ampla, no sentido de verificar em que medida os alunos estão alcançando os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem, porque

 

(...) o ato de avaliar consiste em verificar se os objetivos estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá essa consecução para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem e na construção de seu saber. Nessa perspectiva, a avaliação assume um sentido orientador e cooperativo. (HAIDT,1999, p. 287).

 

 

Queremos e precisamos de uma nova postura avaliativa, para caminharmos rumo a uma educação renovada; para isso é necessário mudar os métodos de ensino, tornando-os mais atrativos e significativos, bem como renovar a concepção de avaliação.

“Atualmente, a avaliação assume novas funções, pois é um meio de diagnosticar e verificar em que medida os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem estão sendo atingidos”. (HAIDT,1999, p. 287). Assim, a avaliação assume uma dimensão orientadora, pois permite que o aluno tome consciência de seus avanços e dificuldades, para continuar progredindo na construção do conhecimento.

A educadora Argentina Emília Ferreiro (2000), destaca que a aprendizagem só ocorre se entrarem em cena três elementos: o conteúdo a ser aprendido, o aprendiz e o responsável por fornecer as condições necessárias à aprendizagem. Portanto,

Se o aluno obtém um baixo desempenho, a responsabilidade não é unicamente dele. A forma de avaliar, as situações efetivas que favorecem a obtenção de determinada competência supõe emitir dúvidas sobre a qualidade da intervenção educativa. (FERREIRO, 2000, p. 105).

 

De acordo com Philippe Perrenoud, (1999) no seu livro “Avaliação entre duas lógicas” a atual prática pedagógica exige uma nova versão de avaliação, na qual os resultados sejam avaliados periodicamente para que seja possível rever planos e corrigir possíveis desvios. “A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino”, resume Mere Abramowick, da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo. Seu posicionamento a respeito da aquisição do conhecimento abre espaço para a pesquisa ensinando o educando a aprender a aprender, a criar, a imaginar, a comunicar-se, possibilitando uma constante avaliação do conteúdo e a participação efetiva dos educandos no processo de construção do conhecimento.

Jussara Hoffman, (2008) autora do livro “Avaliar: Respeitar primeiro, Educar depois”, afirma que a ação de diagnosticar o processo de ensino, precisa ser cotidiana e contemplar outros instrumentos possíveis, como seminários, debate, relatório e observação. Além disso, é necessário definir muito bem o perfil correto dos testes: os somatórios servem para balanços finais e os formativos devem ser realizados de forma rotineira, para ajudar a corrigir rumos e verificar as necessidades de retomar certas explicações.

Em geral, quando se fala em avaliação pensa-se imediatamente no processo de avaliação tradicional, em que a escola assume o papel autoritário, fechado, cíclico onde o professor é responsável pelo ensino e julgamento.

Segundo Sant’Anna (1995, p. 32), existem diferentes modalidades de avaliação conforme as funções que desempenha: a diagnóstica, a formativa  e a somativa. A avaliação diagnóstica visa determinar a presença ou ausência de conhecimentos e habilidades, buscando detectar condições para novas experiências de aprendizagem; a formativa é realizada com o propósito de informar o professor e o aluno sobre o resultado da aprendizagem, durante o desenvolvimento das atividades escolares. (...) “é aquela que orienta os estudantes para realização de seus trabalhos e de suas aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas potencialidades, redirecionando-os em seus percursos”. (FERNANDES, 2008, p. 30); a somativa tem como função classificar os alunos ao final da unidade, semestre ou ano letivo, segundo níveis de aproveitamento apresentados.

Enquanto o professor trabalhar em função de conteúdos que deverão ser “cobrados” em uma ou duas provas, passará a maior parte do tempo preocupado com o que deve dizer em vez de dar atenção aos alunos. Nessa perspectiva, todo conhecimento “estaria contido” no professor e a ele seria “devolvido” nas provas. Em uma prova, frequentemente o aluno tende apenas a repetir informações e inexiste compromisso com a construção do conhecimento.

Ao realizar uma avaliação por critérios, ou qualitativa, cujo princípio fundamental seja o registro do aproveitamento em fichas descritivas, que consiste em avaliar os progressos dos alunos, propondo intervenções mais complexas, estaremos concretizando a avaliação de uma teoria vivenciada, ou seja, refletindo sobre a prática cotidiana do ato de educar.

É latente a necessidade de realizar uma avaliação contínua, permanente, isto é, um processo dinâmico. Para o alcance desse dinamismo, a prática da avaliação deverá contar com a participação crítica e responsável do aluno, constituindo-se num momento propício para um efetivo diálogo, quando poderão ser questionados aspectos que permitam “medir” o potencial do aluno em relação à construção de seu conhecimento, ao envolvimento com as atividades propostas pelo professor, a aplicação daquele conhecimento ao seu cotidiano, pois

Quando planejamos e realizamos uma atividade de avaliação (sejam quais forem sua natureza e características), temos de estar conscientes de que os alunos também estão atribuindo-lhe um sentido, de que esse sentido depende, em grande parte, de como a atividade é apresentada e de como atuamos em seu desenvolvimento e de que, enfim, os resultados de avaliação dependerão tanto dos significados que eles construíram e que sejamos capazes de suscitar, como no sentido que atribuíram às atividades previas de ensino e aprendizagem e à própria atividade de avaliação. (COLL, 1999, p. 208)

 

 

Essa atitude servirá ao professor como auto-avaliação, desde que ele esteja disposto a compreender esse processo como propiciador de uma retomada de assuntos e atividades. Desse modo, ele poderá aprofundar conteúdos ou comportamentos e redimensionar o seu planejamento, a fim de melhorar sua eficiência. Não adianta exigir que um grupo de alunos não orientado sobre a apresentação de um seminário se saia bem; é inviável exigir que alunos realizem uma pesquisa (na biblioteca ou internet) se não mostrar como fazer. (revista Nova Escola, edição especial/ jan 2009)

Quando se pensa no processo de avaliação é impossível deixar de refletir sobre o erro. O erro torna as pessoas vulneráveis e é uma questão desconfortante, que cria culpas e pecados. Para compensar a culpa, normalmente há uma complacência em relação a ele, ao mesmo tempo em que há uma preocupação em não cometê-lo. O erro opõe-se ao acerto, que é considerado verdadeiro e bom.

Do ponto de vista piagetino, os conceitos são construídos num processo de auto-regulação, e os erros fazem parte deste processo. Quando há um objetivo a ser alcançado, algumas ações levam a esse objetivo; outras ações, àquelas que não levam ao objetivo, devem ser repensadas e corrigidas. Assim, a preocupação maior não deve ser com o erro, o que importa é a ação e o feed back que o erro desencadeia no processo avaliativo.

O aluno que erra está convivendo com uma hipótese de trabalho não adequada. Contudo, essa experiência proporciona um momento evolutivo no processo de aquisição do conhecimento.

Ao educador cabe diagnosticar o erro, e, por meio dele, observar com atenção o desenvolvimento de seu aluno. A partir dessa observação ele pode criar conflitos para desestabilizar as certezas e hipóteses não adequadas que a criança tem sobre determinado assunto, e assim, permitir seu desenvolvimento cognitivo.

A pedagogia defendida por Rudolf Steiner não reconhece provas e exames como legítimos instrumentos para aferir os conhecimentos adquiridos. Para Fernandes (2008) os instrumentos como trabalhos, provas, testes, relatórios, portfólios, memoriais, questionários têm fundamental importância para o processo de aprendizagem, porém não devem ser usados apenas para a atribuição de notas na perspectiva de aprovação ou reprovação dos estudantes.

O professor que convive humanamente com seus alunos não precisa usar apenas provas para avaliar a evolução de cada um. Os trabalhos, os cadernos, a produção escrita, a expressão de suas ideias e pensamentos, a força de vontade e o cumprimento dos deveres indicam o desempenho individual e a potencialidade de cada um.

 Ler, compreender o enunciado, organizar o pensamento e responder ao que se pede fazem parte do processo de amadurecimento intelectual. E a avaliação torna-se um instrumento pedagógico a mais, e não uma formalidade, cujo objetivo único é a promoção ou a retenção do aluno. Sobre isso, afirma Virgínia Pinheiro Gaviolli da Escola Waldorf de São Paulo:

A avaliação deve ser compreendida como constitutiva da prática educativa, dado que é a análise das informações obtidas ao longo do processo de aprendizagem – o que os alunos sabem e como que possibilita ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e com melhor qualidade. (PCNs de Língua Portuguesa de 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental, 1997, p. 93).

 

Nestas palavras, os Parâmetros Curriculares Nacionais deixam claro que o foco de avaliação de uma prática de ensino deve cair sobre o processo de aprendizagem, e sobre a relação dialógica existente entre quem ensina e quem aprende. É com a constante avaliação desse processo que o professor pode, por um lado, avaliar sua própria prática e, por outro, avaliar os resultados obtidos com os alunos.

Em qualquer instituição de ensino a avaliação é de suma importância, pois auxilia o trabalho pedagógico, identificando as falhas, as conquistas, as possibilidades, abrindo espaço para análise e reflexão da prática pedagógica.

A avaliação deve ser global, sistemática e contínua, considerando os aspectos qualitativos e quantitativos da aprendizagem dos educandos. Deve ser dinâmica, com a utilização de instrumentos e técnicas diversas, dando ênfase ao desenvolvimento intelectual do aluno, verificando os conhecimentos, apreendidos, observando as dificuldades encontradas e, as soluções e replanejamento do trabalho para saná-las. “Seja pontual ou contínua, a avaliação só faz sentido quando leva ao desenvolvimento do educando”, afirma Luckesi. (revista Nova Escola, edição especial/ jan 2009)

Portanto, a elaboração dos instrumentos avaliativos exige uma intensa cautela com a definição de critérios e evidências ou indicadores avaliativos. Na avaliação da aprendizagem, os critérios são princípios que servirão de base para análise e julgamento da qualidade nos desempenhos, compreendidos, não apenas como execução de uma tarefa, mas como mobilização de uma série de atributos que para a avaliação convergem.

A avaliação deve acompanhar todo o processo pedagógico e requer a participação de todos os envolvidos, podendo assim controlar a qualidade do ensino-aprendizagem, assegurando ao aluno a possibilidade de aprofundamento cada vez mais efetivo dos conteúdos.

Sendo assim, o corpo docente da nossa instituição está ciente de que a avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o professor analisa e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecer-lhes valores.

Entendemos que, só existe situação de aprendizagem quando o aluno é desafiado a descobrir, a utilizar o que sabe para construir o que ainda não sabe, pois avaliar não é apenas constatar, mas, sobretudo analisar, interpretar, tomar decisões e reorganizar o ensino.

Por se constituir como uma ferramenta básica do processo ensino-aprendizagem, a avaliação deve ser voltada às especificidades de cada educando. Ou seja, atendendo às necessidades destes alunos, com avaliações adaptadas e individuais. Neste sentido, deverá haver adaptação curricular, observando as limitações para que o aluno acompanhe da melhor forma este processo. Para Libâneo, 

A avaliação deve ajudar todas as crianças a crescerem: os ativos e os apáticos, os espertos e os lentos, os interessados e os desinteressados. Os alunos não são iguais, nem no nível sócio-econômico nem nas suas características individuais. (1994, p. 201).

 

Numa concepção interacionista de ensino-aprendizagem, a dinâmica da sala de aula e da escola Maria Amaral como um todo, é transformadora, o que permite a utilização de instrumentos construtivos de avaliação, como as observações (planejadas e não planejadas ou formais e informais) seguidas de registros, apontamentos e anotações por parte do professor, e o portfólio, que permite coletar produções/trabalhos realizados ao longo de um período de tempo, a fim de revelar diferentes aspectos do desenvolvimento de cada aluno, de modo a permitir ao professor perceber o avanço de cada um, além de encorajar o aluno a refletir sobre o seu próprio progresso (auto-avaliação).

Na avaliação são utilizados os seguintes critérios: observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas diversas áreas de conhecimento, habilidades e participação nas atividades desenvolvidas; respeito à realidade individual do aluno; ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem; ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno; utilização de diversas metodologias como: avaliação oral, capacidade de argumentação, testes, trabalhos individuais, e/ou coletivos, pesquisas, entrevistas, auto-avaliação, e outros instrumentos que se fizerem necessários. “O entendimento correto da avaliação consiste em considerar a relação mútua entre os aspectos quantitativos e qualitativos”. (LIBÂNEO, 1994, p.1999)

O registro das avaliações é contínuo, permanente e cumulativo, indicando a correspondência da etapa em que o aluno se encontra. Os resultados das avaliações são computados bimestralmente e expressos em notas, por disciplina, de zero a dez, sendo que o rendimento mínimo exigido será de sete vírgula zero (7,0).

Os resultados bimestrais são armazenados nos livros de Registro de Classe e informados aos pais através do Boletim Escolar, em reuniões para que possam ser lembrados das responsabilidades com relação aos seus filhos; normas de funcionamento do colégio; explanação das atividades realizadas e ofertadas bem como o atendimento aos pais realizado pelos professores.

Ao término de cada unidade, durante o Conselho de Classe, são apresentados os gráficos para análise dos mesmos e alterações nos procedimentos didáticos visando à melhoria dos índices apresentados.

Verificados os índices de aproveitamento e frequência, são definidas as situações de aprovação e reprovação do aluno. É considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% da carga horária e rendimento igual ou superior a 7,0.

Os alunos que não atingem a nota sete são submetidos a estudos de recuperação no final de cada unidade e depois do resultado final. Esse período de recuperação é apontado como a grande saída para ajudar os alunos com dificuldades, mas, frequentemente não passam de uma proposta que muitas vezes não sai do papel, em função das condições práticas de trabalho dos professores.

A “recuperação”, mais que um procedimento da escola, deve significar uma postura do educador no sentido de garantir a aprendizagem por parte de todos os alunos, especialmente aqueles que têm maior dificuldade em determinados momentos e/ou conteúdos. Daí a importância da recuperação de estudos que deve se dá no ato, a partir dos erros (como material de análise), da percepção das necessidades dos educandos, provendo-o de atividades diversificadas, fornecendo roteiros de estudos, entrevista individual para melhor diagnosticar as dificuldades, oferecimento de aulas de apoio, e outros meios que o professor achar conveniente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            9. RECURSOS:

 

ü  HUMANOS: Direção, Coordenação Pedagógica, alunos, pais, funcionários, comunidade, palestrantes e sociedade local.

 

ü  MATERIAIS: mesas, cadeiras, computadores, livros, câmera digital, impressora multifuncional, aparelho de TV e DVD, aparelho de som portátil, xerocopiadora, caixa de som, microfone, data-show, lousa, pincel, entre outros.

 

ü  FÍSICOS: Salas de aula, sala de professores e de diretoria, laboratório de informática, cantina, refeitório, pátios da escola, auditório, biblioteca, quadra poliesportiva, quadras e praças da cidade.

 

            10. CRONOGRAMA: (2010 / 2011)

 

ANO 2010

ANO 2011

ATIVIDADE

Agosto

Set.

Out.

Nov.

Dez.

Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago.

Set. Out. Nov. Dezembro

Orientação aos diretores,

coordenadores e professores

sobre PPP.

X

 

 

 

 

 

Levantamento de material

de estudo.

X

X

 

 

 

 

Diagnóstico da situação da

Escola.

 

X

X

 

 

 

Elaboração e aprovação

coletiva do Projeto Político

Pedagógico.

 

 

X

X

 

 

Execução e avaliação do

Projeto Político Pedagógico.

 

 

 

 

X

X

 

11. IMPLEMENTAÇÃO

 

            O Projeto político Pedagógico do Colégio Municipal Maria Amaral Guimarães Gondim passará por um acompanhamento contínuo onde todos os envolvidos no processo educativo (gestão, corpo docente e discente, funcionários e comunidade escolar em geral) estarão atentos à execução das propostas e ações traçadas e defendidas pelo coletivo desta instituição para atingir os objetivos propostos neste projeto, tais como: projetos para melhoria do processo ensino aprendizagem, gincanas educativas, palestras, feiras de conhecimento, entre outros.

 

O Projeto Político Pedagógico na linha do planejamento participativo é hoje, concretamente, uma potente ferramenta teórico-metodológica de transformação da realidade educacional, ou seja, é uma mediação que ajuda a organizar e expressar o desejado e o vivido, tomar consciência da distância entre ambos, bem como diminuir essa distância. (VASCONCELLOS, 2009, p. 49)

 

 

            De acordo com Jussara Hofman, a avaliação é a reflexão transformada em ação, nesta perspectiva nosso Projeto Político Pedagógico será avaliado constantemente e continuamente a fim de promover análises das possibilidades, necessidades e prioridades no processo ensino-aprendizagem, redirecionando as ações para alcançar a excelência nos trabalhos desenvolvidos por este colégio que é a missão assumida por todo o corpo que integra a referida instituição de ensino.

 

 

 

 

 

 

 

 

12. REFERÊNCIAS

 

ANDRÉ, M. E. D. O projeto pedagógico como suporte para novas formas de avaliação. IN. Amélia Domingues de Castro e Anna Maria Pessoa de Carvalho (Orgs.). Ensinar a Ensinar. São Paulo, 2001.

 

COOL, César. O Construtivismo na Sala de Aula. 6ed. São Paulo: Ática, 1999.

 

DEMO Pedro. Educação e qualidade. Campinas, Papirus,1994.

 

HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 6ed. Cidade: Ática,1999.

 

HOFFMAN, Jussara. Avaliar: Respeitar primeiro, Educar depois. 2ed. Porto Alegre, Mediação, 2008

 

LDBEN no 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996

 

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 8ed. São Paulo: Cortez, 1998.

 

PÁTIO, Revista Pedagógica. A Organização do tempo e do espaço na escola. Ano VII, nº 30, mai/jul 2004.

 

PCNs de língua Portuguesa de 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental, 1997, p. 93.

 

PERRENOUD. Philippe. Avaliação entre duas lógicas – da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.

 

Revista Nova Escola, A avaliação deve orientar a aprendizagem. Edição especial / jan 2009. Disponível em revistaescola.abril.br/planejamento-e-avaliacao. Acesso em 04/11/2010

 

SACRISTÁN, J Gimeno. Currículo: uma Reflexão Sobre a Prática. Porto Alegre: ArtMed, 2000.

 

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

 

VASCOLCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 11ed. São Paulo: Libertad, 2009.

 

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva. Projeto Político Uma Construção Possível. Campinas – SP: Papirus, 1995.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13. ANEXOS